Blog

As discussões em torno da ferrovia que visa integrar o Leste ao Oeste do estado, estão buscando o fortalecimento para que o traçado original que passa pelos municípios de Itajaí, Blumenau, Rio do Sul, Correia Pinto, Curitibanos, Campos Novos, Joaçaba, Xanxerê, Chapecó, Maravilha, São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira seja mantido.

O movimento iniciou após a região Norte do estado, contestar o projeto em favor daquele local.

– Nosso projeto é defender estrategicamente que o projeto técnico seja elaborado e firmado pela nossa região. Quando o governador fala, Ferrovia do Frango, Ferrovia Leste-Oeste, é com certeza a que foi divulgada a abertura de licitação, e eu tenho certeza que o governador como sendo se Lages, vai dar apoio a nossa luta – Declara a presidente da Associação dos Municípios da Região do Contestado (Amurc), Sisi Blind.

Estudos realizados por entidades empresariais mostram que 58% do transporte de carga segue por rodovias, enquanto apenas 25% é feito por ferrovias. Em Santa Catarina, 76% são cometidos por meio rodoviário sobrecarregando o sistema viário do estado e prejudicando o escoamento da produção catarinense.

Na tarde de ontem (25) o governador do Estado, Raimundo Colombo, esteve reunido com o diretor presidente da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A, Josias Cavalcante Junior. Na ocasião foi tomada a decisão de abrir no dia 06 de maio, o edital para contratação do projeto da ferrovia.

– O projeto vai definir o traçado, pois tem muita discussão e interesses, mas tem de ser aquele que preserve o interesse de Santa Catarina, define também o custo e o modelo de contratação. Eu acho que deveríamos aproveitar a estrutura do batalhão ferroviário que está instalado em Santa Catarina e tem todas as condições de executar a obra, com isso nós ganhamos tempo – Declara o Governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo.

Segundo dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), revelam que um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evtea) para uma ferrovia na região, foi feito em 1999, refazendo os 622 quilômetros de Itajaí a Chapecó. A intenção do Dnit agora é atualizar este estudo.

As cooperativas de Chapecó trazem de outros estados mais de duas mil carretas todo mês, com milho e soja, para alimentar as aves e suínos. Os produtores pagam mais caros pelo produto e enfrentam a dificuldade ao despachar suas mercadorias, sendo que apenas 100 containers são enviados por dia ao porto de Itajaí.

– 91 bilhões já garantidos para o PAC das concessões rodoviárias e para Santa Catarina tem dois projetos prioritários. Da Norte e Sul, panorama Chapecó a Porto do Rio Grande do Sul, Maracaju a Cascavel para trazer os insumos ao nosso estado, e a da integração que junta o Oeste até o nosso litoral. Com esses projetos ferroviários nós integramos Santa Catrina com o Brasil e com o Mundo. Defendemos também que seja mantido o traçado original da Ferrovia da Integração ou Ferrovia do Frango – Declara presidente da Frente Parlamentar Nacional das Ferrovias, deputado Pedro Uczai.

Um documento elaborado pelos municípios será entregue ao governador. Lideranças políticas em todas as esferas estiveram em Curitibanos e apoiam o movimento. Está disponível na internet, um manifesto, para assinar basta acessar o link http://www.amavi.org.br/proferrovia/