“Ao longo dos últimos meses, a economia regional, a cadeia produtiva agrícola, o comércio e milhares de produtores rurais vivem em instabilidade, em face do cenário relacionado à produção da cultura do feijão. Em linhas gerais, os preços estão defasados, há desregulamentação de estoque e grave risco à subsistência das famílias catarinenses, principalmente dos pequenos agricultores”, afirmou Onofre.
O parlamentar afirma que levantamentos parciais indicam que apenas no entorno de Curitibanos — Fraiburgo, Santa Cecília, Frei Rogério, Curitibanos, São Cristóvão do Sul e São José do Cerrito —, cerca de 300 mil sacas de feijão estão estocadas e sem destino comercial. “Só para se ter uma ideia, o preço médio da safra atual está em torno de R$ 30 a saca, quando, no ano passado, o mercado pagava, em média, R$ 150. Nossos agricultores estão cada vez mais em risco. O cenário é grave”.
Onofre disse que a Associação dos Municípios da Região do Contestado (AMURC) reivindica, entre outras coisas, que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o governo de Santa Catarina promovam medidas imediatas para a regulação do estoque de feijão no cenário nacional e estadual, promovendo a defesa de produtores rurais e da cadeia; que os Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Desenvolvimento Agrário (MDA) assegurem medidas de proteção e políticas futuras de orientação, planejamento e regulação sustentável da cadeia produtiva e; que a Conab e os órgãos de controle assegurem mecanismos de estoque e armazenamento adequados nas microrregiões produtivas, evitando também, custos financeiros de transporte.