O Dia Internacional de Preservação à Camada de Ozônio é lembrado nesta terça-feira, 16 de setembro. Para defender esse filtro natural, o Brasil é um dos signatários do Protocolo de Montreal. O país conseguiu atender a ainda superar as metas de preservação estipuladas no documento. A ação brasileira e de outras nações atingiram o mais significativo índice de recuperação dos últimos 35 anos.
A Camada de Ozônio é responsável por filtrar as radiações solares excessivas e por isso é essencial para a vida na Terra. A ações adotadas pelo Brasil foram reduzir o consumo das substâncias que causam danos à estratosfera. De acordo com o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em 2013, o Brasil podia consumir até 1.327 toneladas de substâncias com potencial de destruição do ozônio. O consumo foi menor que isto: 1.189,25 toneladas -138 menor em relação à meta estipulada.
Atualmente, as substâncias químicas sintetizadas são as principais responsáveis pela destruição da Camada de Ozônio. Os hidroclorofluorcarbonos são compostos por hidrogênio, carbono, cloro, flúor e bromo, com diversas aplicações, especialmente na fabricação de espumas – de colchões a autopeças – e no setor de refrigeração e ar-condicionado – fluidos refrigerantes. A tarefa dos governos é incentivar as indústrias a substituírem esses materiais químicos.
Etapas futuras
Desde que assinou o Protocolo, em 1990, o Brasil zerou o consumo dos clorofluorcarbonos (CFC). Eles eram os principais causadores dos danos na estratosfera. Mas, ainda há muito a se fazer. O documento internacional prevê uma série de medidas para os próximos anos. O Brasil precisa eliminar agora os hidroclorofluorcarbonos, conhecidos pela sigla HCFCs. Até 2015, a redução dessas substâncias deve ser de 16,6% em relação à média consumida em 2009 e 2010, que foi de 1.327 toneladas.
Entre 2016 e 2040 as metas são as seguintes: redução de 35% em 2020, 67,5% em 2025, 97,5% em 2030 e eliminação total em 2040. As ações são subsidiadas pelo Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal, que financia, por exemplo, pesquisas para a substituição dos HCFCs.
Importância do Protocolo
O Protocolo de Montreal foi assinado por 197 países. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), trata-se “de um dos mais bem-sucedidos tratados ambientais da história”. Sem ele, o nível de substâncias destruidoras da camada de ozônio na atmosfera teria crescido dez vezes até 2050, alerta da entidade.
A ONU também ressaltou que esses avanços “evitaram milhões de casos de câncer de pele” no mundo. Uma vez que os raios ultravioletas em excesso são os causadores da doença. As mudanças climáticas não foram esquecidas, pois o Protoloco combate este mal.
Resultado confirmado
As ações do Brasil e de outros países signatário foram positivas e começam a dar resultado. Relatório da ONU informa que, entre 2000 e 2013, os níveis da camada de ozônio cresceram 4% em latitudes norte a cerca de 30 milhas (48 km) de altura. Esse é o primeiro índice significativo confirmado por cientistas, desde que foi constatado o chamado “buraco da camada de ozônio”, nos anos 1980, na Antártica.
Agência CNM, com informações da EBC