UNIFICAÇÃO DAS ELEIÇÕES NO BRASIL

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83 prefeitos  catarinenses assinam documento sobre a  Reforma Política. A Amurc (Curitibanos), Amplanorte (Mafra), Amures (Lages), Ammoc (Joaçaba), Amplasc (Campos Novos), Amarp (Videira) e a Amurel (Laguna) representando 7 Associações de Municípios se pronunciam sobre a  reforma  política e a  necessidade de  unificação das  eleições  no Brasil. Dentre as propostas, defendem a  unificação das  eleições no país.

 

O documento das  associações é uma forma de envolver os municípios e lideranças políticas na discussão da  reforma política que começa a  tomar  corpo no Congresso Nacional.   As reforma político-partidária que será  discutida  nas  próximas  semanas poderá alterar significativamente a vida política brasileira: a coincidência de mandatos com eleições gerais a cada cinco ou seis anos, e não mais eleições alternadas a cada dois anos, como ocorre atualmente. Há muitos temas  em jogo, dentre  os quais, a reeleição, voto facultativo, formas de financiamento de campanhas, proibição de financiamento empresarial, teto de uso de recursos financeiros, fidelidade, coligações eleitorais. São temas que expressam a pluralidade  da  sociedade brasileira e exigirão  grande acordo político em prol do Brasil.

 

O Prefeito de  Santa Cecilia, Domingos  Scariot Jr, um dos   autores da  proposição destaca que “além da economia de recursos com eleições (uma eleição a menos a cada quatro ou cinco  anos), o mais importante é que o país ganhará em agilidade administrativa. O  Legislativo  e o Executivo funcionarão sem as interrupções e restrições impostas pelo próprio sistema político e pela legislação eleitoral. Tudo deixa de  funcionar  por pelo menos  6 meses a cada dois anos, impedindo a tomada de decisões administrativas. A administração moderna  não suporta mais isso”.

 

O documento anota  ainda a  preocupação com a   possibilidade do fim da reeleição. Para as  associações, cabe o debate  representativo da  sociedade indicar  ao Congresso Nacional o caminho razoável para as modificações na legislação que deverá  enfrentar também o tema do financiamento das  campanha e a  desincompatibilização de   candidatos.

 

Paulo Ziulkoski, Presidente da  Confederação Nacional dos Municípios (CNM) comemorou, recentemente,  uma pesquisa  da  entidade que demonstra  o apoio dos prefeitos à limitação da reeleição: ” Precisamos terminar com o profissionalismo na política. A reeleição de vereadores, deputados estaduais e federais deve ter um limite.  Os novos prefeitos começam (o mandato) pensando em reeleição. Se não houver reeleição, mas o mandato for de seis anos, terão um tempo maior para se planejar e não vão ficar pensando em reeleição. Vão ter mais transparência e não ficarão vulneráveis aos partidos”, argumentou.

 

A posição política  da  Amurc, Amplanorte, Amures,  Ammoc,  Amplasc, Amarp e Amurel   será objeto de  debate  durante o XIII Congresso Catarinense de Municípios promovido pela FECAM e que acontecerá  de  18 a  20 de Março em Florianópolis. Durante o evento, a  Prefeita Sisi Blind, umas  das  vice-presidentes da  Federação Catarinense  dos Municípios abordará o  tema durante plenária que debaterá a  posição do municipalismo catarinense  sobre  o Pacto Federativo e as  reformas.