A Associação dos Municípios do Planalto Norte Catarinense (Amplanorte), juntamente com as Associações da Região do Contestado (Amurc) e da Região Serrana (Amures) iniciou em 2014 uma luta encampada pela Autopista Planalto Sul, concessionária que administra a BR 116 na região, para readequações da BR no trecho catarinense. A partir daí se formou o Grupo Paritário de Trabalho (GPT), o qual vem se reunindo quase que mensalmente para discutir melhorias e pleitos das prefeituras em cada município.
Depois de um tempo, o GPT percebeu que se precisava da duplicação. A Autopista contratou um estudo, que está em fase final e que aponta 100 pontos críticos da rodovia. O mesmo indica que a duplicação é imprescindível. A empresa explica que no próprio contrato de concessão há uma cláusula que indica que se a rodovia extrapola o nível de serviço, a mesma deve ser contemplada com o aumento de capacidade, neste caso, a duplicação.
Isso está sendo constatado a cada viagem. No feriado de páscoa diversos trechos ficaram congestionados ultrapassando 20 km de congestionamento em ambas as rodovias (116 e 280). Motoristas chegaram a levar três horas para percorrer intervalos de 30 quilômetros.
Os prefeitos querem que os perímetros urbanos sejam vistos como prioridade na hora de iniciar a duplicação. Por isso o GPT vai participar das discussões sobre traçado e prioridades da duplicação, após receber o estudo.
Road show
O superintendente da Autopista, Antonio Cesar Sass, explicou que, por acreditar na logística de uma rodovia duplicada, as Associações e a Concessionária estão estudando e desenvolvendo material para a realização de Road shows em outros Estados com a intenção de prospectar indústrias, mostrando o potencial de cada município, ultrapassando os limites estaduais.
Para o presidente da Comissão pela BR 116 instituída na Amplanorte, o prefeito de Monte Castelo, Aldomir Roskamp, este evento é necessário para que os prefeitos possam mostrar seus municípios inseridos em um contexto regional, no qual há mão de obra, terrenos, incentivos, água, energia, enfim, o cenário perfeito para a vinda de novas indústrias e para garantir o desenvolvimento regional sustentável.