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CIDADES PEQUENAS LIDERAM GERAÇÃO DE EMPREGO EM SANTA CATARINA

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A evolução do emprego formal nos primeiros nove meses de 2015 mostra que, em Santa Catarina, as pequenas cidades têm os melhores cenários. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho, colocam cinco municípios com até 65 mil habitantes no topo do ranking estadual da geração de vagas. Na outra ponta, Joinville e Florianópolis registram os piores resultados.

 

Desemprego sobe para 8,7% entre junho e agosto

 

Embora o saldo positivo não chegue a mil postos de trabalho em nenhuma das cidades mais bem posicionadas, a estabilidade é motivo de comemoração em meio à crise que afeta todo o país. Em comum, os líderes do emprego têm justamente a diversificação: se destacam e conseguem manter um índice razoável em razão de diferentes áreas econômicas que ainda resistem com mais vigor ao agravamento dos problemas financeiros.

 

 

Cidades com os melhores e os piores saldos de geração de empregos em SC

 

— O setor calçadista, se não está crescendo, pelo menos está mantendo. As empresas têm produção garantida até o fim do ano e já há fábricas vendendo pra janeiro. É reflexo de várias ações que fizemos em parceria com o governo e com o Sebrae, que estão desenvolvendo a nossa exportação e que geram eventos como o SC Trade Show, que vai reunir cerca de 500 CNPJs de todo o país na semana que vem, em Balneário Camboriú — avalia o diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Calçados de São João Batista (SincaSJB), polo estadual do segmento e que alavancou o saldo de 842 vagas entre janeiro e setembro.

Em Gaspar e Timbó, a indústria do vestuário e acessórios e a administração pública, com postos criados nas esferas municipal, estadual e federal, representam a maior fatia dos números. Em Braço do Norte e Seara, a indústria alimentícia garante o bom desempenho geral.

 

Estrutura reduzida e realidade dos setores

 

Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte reforça que a realidade peculiar de cada setor é importante para definir o panorama favorável, como no caso das cinco líderes do ranking:

— Em Santa Catarina, o único segmento que ainda mantém saldo positivo é o de alimentos e bebidas. Depois vêm madeira e mobiliário, com boa exportação, e indústria de calçados, que apresentam ainda saldos razoáveis.

Além disso, a estrutura já enxuta com que se trabalha em cidades menores favorece um quadro de estabilidade.

— Normalmente são micro e pequenas empresas, com número menor de empregados. Já é um contingente bastante ajustado, então neste momento sofrem menos impacto — pondera Côrte.

 

Índice gera preocupação em Joinville

 

Se alguns segmentos ainda têm fôlego em cidades menores, a situação é inversa na industrialização das grandes cidades. E é isso que faz de Joinville, maior município do Estado e polo metalmecânico, liderar o saldo negativo de geração de emprego: quase 5,8 mil vagas fechadas em nove meses. Na análise da Associação Empresarial de Joinville (Acij), o índice é preocupante especialmente porque comércio e serviços, que antes contratavam em maior volume e acabam equilibrando as demissões nas indústrias da cidade, agora também sofrem fortemente com a crise.

— Hoje todos os segmentos estão desempregando e não estamos enxergando uma data para que isso comece a melhorar em 2016. Temos que apertar o cinto, cuidar dos empregos e reduzir outros custos porque a leitura que se faz é que, embora em menor intensidade, o desemprego vai continuar — diz o presidente da Acij, João Martinelli.

 

Geração de emprego em Joinville

 

Com o segundo pior saldo, Florianópolis tem no comércio e nos serviços os principais “culpados”. Com a desvalorização do real, a expectativa é de fortalecimento do turismo e de uma temporada de verão que movimente a economia e crie oportunidades de emprego no litoral catarinense. Mesmo assim, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da Capital admite que recuperar a confiança diante da crise é um desafio.

— A confiança é um dos principais pilares que sustentam o varejo, e tanto o consumidor quanto o empresário estão menos confiantes. A contratação de temporários deve diminuir bastante em relação a outros anos e é um cenário sem perspectiva de mudança antes de 2017 — comenta o vice-presidente da CDL de Florianópolis, Lidomar Bison.

 

Fonte: Clicrbs