Manter colegiados e grupos de trabalho e aumentar a capacidade técnica dos municípios estão entre os desafios da Associação dos Municípios da Região do Contestado (Amurc) para este ano. Desde a última semana, a associação está em nova sede, na Rua Cornélio de Haro Varella, 1835, bairro Água Santa. O diretor executivo Rui Braun fala sobre as conquistas de 2017 e projeções da Amurc para este ano.
A Semana – Como você avalia o desenvolvimento econômico dos municípios da região em 2017?
Rui Braun – Usufruímos o que chamamos de “efeito Berneck”, com fortalecimento da cadeia produtiva florestal e evidentemente, dos reflexos na área de geração de serviços e ganhos. Numa outra frente, temos o “efeito UFSC”, com indução econômica no ambiente comercial, imobiliário e de pujança. Além disso, há o amadurecimento da administração pública. Todos estes processos combinados permitem momento ímpar. Estamos crescendo acima da média estadual e as perspectivas são positivas.
AS – Quais as ações regionais de mais destaque em 2017?
RB – A luta constante de monitoramento e organização do curso de Medicina da UFSC, que exigiu muita energia e esforço regional e já apresenta resultados positivos. Um trabalho mais silencioso e técnico na área da organização do movimento econômico com auditoria, monitoramento e atualização da legislação tributária regional. Na área técnica, tivemos um ano de intensa atividade de formação, capacitação e treinamento de pessoal.
AS – Quais os principais objetivos da Amurc para 2018?
RB – Investiremos em fortes campanhas de conscientização da população sobre a responsabilidade de todos na arrecadação de impostos. Para haver justiça tributári,a é preciso que os impostos sejam adequadamente recolhidos. A Amurc precisa aprofundar seus canais de comunicação e diálogo com a sociedade, através da manutenção de parcerias, informações e talvez seja hora de usar a tecnologia para tentar ajudar na organização da segurança pública da região.
AS – Qual o principal obstáculo a ser superado este ano?
RB – Estamos em ano eleitoral e é necessário lidar com prazos e regras muito severas. Este cenário, combinado com os desafios financeiros, será a matriz que exigirá muita cautela, responsabilidade e controle das administrações.
AS – Considerações finais.
RB – Comemoro o amadurecimento da região. Vim há 20 anos e, a cada momento, me convenço que estamos num momento extraordinário de desenvolvimento econômico e social. Acredito que, finalmente, estamos proporcionando ao povo das terras contestadas um cenário de justiça e melhoria de vida das pessoas.